Lisboa, 31 mar (Xinhua) — A devastação da pandemia COVID-19 tem abalado a indústria turística e esportiva, os dois principais pilares da economia portuguesa.
A pandemia atacou o setor turístico de forma “extremamente violenta”, disse Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) nesta segunda-feira.
É difícil especificar um número para o impacto do coronavírus no turismo devido à escala das atividades ligadas ao setor, disse o presidente, acrescentando que os números de março variam de empresa para empresa com quedas de “30, 40 ou 50%”.
“Agora, em abril e maio, não variam muito: mais de 90% das empresas têm vendas zero”, disse o presidente.
Enquanto isso, os três principais clubes da Primeira Liga portuguesa, Benfica, FC Porto e Sporting, podem perder mais de 27 milhões de euros (cerca de US$ 30 milhões) por cada mês devido à suspensão de partidas de futebol, disse Alfredo Silva, especialista de gestão esportiva e professor da Escola Superior de Esportes.
Ele disse que o “impacto global” de uma pausa de um mês para os chamados “três grandes” pode chegar a 40 milhões de euros (cerca de US$ 44 milhões).
As transferências de jogadores, grandes negócios de fazer dinheiro para a indústria esportiva portuguesa, também foram muito afetadas pela pandemia, disse o professor Daniel Sa, do Instituto Português de Administração de Marketing.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, divulgou que seu ministério recebeu até segunda-feira cerca de 1.400 pedidos de demissão simplificada.
A demissão simplificada permite que as empresas suspendam o contrato de trabalho ou reduzam as horas de trabalho dos empregados, que, por sua vez, têm direito a receber dois terços dos ganhos brutos normais, 70% da Previdência Social e 30% da empresa.
Créditos Xinhua, publicado originalmente em http://portuguese.xinhuanet.com/2020-03/31/c_138934948.htm
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